Solitário poeta

O solitário poeta se pergunta:
Qual sua função no fim,
Se ele é mesmo importante,
Se muda algo em mim?

Tem compromisso com a verdade
E um caso com a superstição
Caminha junto à realidade
Mas leva os sonhos na outra mão

Ser poeta é profissão de risco
Um caçador de palavras
Que laça sílabas com rabiscos
Trovador de sonhos
Encantador de realidades
Descritor do feio e beldades

Eu te digo, solitário poeta
Sua função é mais que importante
Do barro tu faz ouro, faz diamante
Ou até o contrário, se necessário

Sua mente é brilho
Na escuridão dos esconderijos
A sala do nada
Você encontra o sorriso
Sua palavra é o mapa
Uma luneta
Sentado na minha sala
Eu viajo o planeta

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